QUANDO A PSICOLOGIA INVADIU O TRABALHO
- Patrícia Gibin
- 24 de jun.
- 2 min de leitura

Já parou para pensar em como a psicologia invadiu o trabalho nos últimos anos?
Não que ela não estivesse presente antes — afinal, sempre lidamos com pessoas, relações, emoções. Mas algo mudou: agora é explícito. A linguagem da psicologia foi incorporada ao vocabulário das empresas e das lideranças. Termos como autenticidade, propósito, segurança psicológica, vulnerabilidade e pertencimento passaram a frequentar o mesmo parágrafo (ou a mesma planilha) que indicadores de performance e metas trimestrais.
Eu vinha sentindo isso. E meus clientes e coachees também. Um deles, VP de uma grande multinacional americana, colocou o seguinte item em um exercício que costumo aplicar, chamado portfólio de identidades possíveis:
“8. Conselheiro de pessoas / terapeuta: Uma espécie de spin-off do que considero o momento mais satisfatório da minha trajetória profissional. Ajudar pessoas a se entenderem e resolverem seus desafios, alavancando seus potenciais, sempre foi algo que me fascinou.”
Essa sensação não é isolada.
Em um artigo da Yale School of Management, intitulado “Reinventing the Way We Work—Again”, a entrevistada relata:
“Alguém me disse: ‘Sinto que deveria ter estudado psicologia.’ Porque as demandas do trabalho hoje — ajudar pessoas a se desenvolverem, promover colaboração, lidar com ESG e justiça social — são completamente diferentes.”
No mês passado, estive em um evento de Private Equity e o tema apareceu ali também. Um dos painelistas comentou:
“Para ser um bom gestor de Private Equity, é preciso ter um quê de psicólogo.”
Poucos dias depois, ouvi algo ainda mais direto da terapeuta e autora Esther Perel, durante um evento no Brasil:
“O mundo da psicologia e das emoções entrou no local de trabalho. Falamos sobre autenticidade, segurança psicológica e vulnerabilidade na mesma frase em que discutimos indicadores de desempenho — e isso é fascinante.”
Sim, a psicologia entrou de vez no mundo do trabalho. E, na verdade, isso não me surpreende. Sempre acreditei que poderia ser um dos caminhos para ajudar a evoluir como líderes, como times e como organizações.
Foi essa convicção que me levou a fazer um mestrado em Psicologia Organizacional e a fundar minha empresa há 10 anos — para apoiar líderes e organizações nessa transformação na forma de liderar e se relacionar.
Liderar exige skills técnicos, foco em resultados e consciência — de si, dos outros e do contexto. Não se trata de soft ou hard skills. Trata-se de hard e soft — que, como dizem, são as hardest skills.
Fica o convite para quem busca uma liderança autêntica — com presença, impacto positivo e um toque de coaching skills. Assine gratuitamente e acesse outros artigos no meu Substack: https://patriciagibin.substack.com/
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